terça-feira, 6 de outubro de 2009

Triste realidade...

No final de 2008 o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade publicou uma tabela bizarra no seu site, a qual taxava as actividades de captação de imagem (fotografia e vídeo) nas suas áreas de jurisdição.
Um grupo de fotógrafos de natureza, onde me incluía, escreveu uma carta a pedir esclarecimentos sobre a referida tabela, pois existiam muitas dúvidas sobre a sua aplicação prática. O documento foi enviado por um meio de comunicação tão nobre como outro qualquer, correio electrónico (e-mail).
Desde 16 de Fevereiro que esperamos por uma resposta.
Quase oito meses depois, este organismo estatal não se dignou a esclarecer estes cidadãos. Alguns dias depois de termos enviado esta carta, outro grupo de fotógrafos de natureza, mais numeroso, enviou igualmente outra carta com um teor muito semelhante. A “resposta” foi igual, o silêncio.
No meu entender, uma instituição para ser respeitada, tem de se dar ao respeito, e um dos passos fundamentais é respeitar o cidadão. Com atitudes destas o ICNB perde toda a credibilidade, junto de uma comunidade dos fotógrafos de natureza, que poderiam ser um óptimo parceiro de apoio à sua missão (tarefa de conservação). Até a própria comunidade civil, já olha com desdém para o ICNB, por razões que muitos já conhecem. Mas infelizmente até quem está próximo e disponível para ajudar é ignorado e desprezado.
A falta de resposta, oito meses depois, já não tem qualquer desculpa, não é aceitável qualquer argumento, falta de pessoal, falta de verba, falta de tempo. No meu entender o que faltou mesmo ao ICNB foi boa vontade com um pouco de respeito à mistura.

3 comentários:

Estevão disse...

Luis, eu nem comento as acções do ICN. Infelizmente são uns conservadores de secretária. Essas taxas são para o quê? Onde serão gastas? Qual a razão das taxas? Até poderiam dizer que a passagem de humanos poderia ser prejudicial, mas e o dinheiro é só para restringir? Ou são taxas para gerar mais uns cobres?
Fazes mais tu pela natureza, com as tuas imagens, do que o ICN com as suas secretárias e canetas.

admin disse...

Luís

oito meses não é muito tempo. Eu pedi ao ICNB, então ainda só ICN ou coisa assim, uma resposta sobre fotografia na área de paisagem protegida de Sintra (protegida é forma de dizer...)quando fiz 45 anos... e ainda não a recebi. Faço 55 em breve... Ah, e o mais giro é que no começo dos anos 90 fui colaborador da revista Correio da Natureza, do ICN que na altura tinha outro nome.

Por isso sou sempre tão crítico. E basta-me passar por zonas da região que mais percorro, Sintra para ver para que servem as taxas.

José Antunes

Fuzhong! disse...

Infelizmente, muito típico...